França investiga propina na escolha do Rio como sede das Olimpíadas

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A Justiça francesa está investigando um suposto pagamento de propina que teria dado ao Rio de Janeiro a chance de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, segundo informa o jornal Le Monde nesta sexta-feira (3).

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De acordo com a publicação, o empresário brasileiro Arthur Cesar Menezes Soares Filho teria pago US$ 1,5 milhão a Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e consultor de marketing da organização, três dias antes da votação para a escolha da sede das Olimpíadas de 2016. 

Posteriormente, o empresário ganhou contratos de construção com o estado do Rio para atuar nas obras de infraestrutura dos Jogos Olímpicos.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que entrará em contato com as autoridades francesas sobre as alegações, e informou que seu comitê de ética está investigando um pagamento feito ao ex-velocista Frankie Fredericks, também membro do COI, antes que o Rio fosse escolhido para sediar as Olimpíadas, em 2009.

Fredericks, que participou da apuração dos votos na escolha da cidade olímpica, recebeu US$299.300 de uma firma de consultoria ligada a Papa Diack no dia da votação, segundo o Le Monde. Ele teria “enfatizado sua inocência” e se dirigido ao comitê de ética do COI na quinta-feira (2) para esclarecer sua situação, segundo o porta-voz da organização.

Papa Diack e seu pai, o senegalês Lamine Diack, já enfrentam acusações de suborno na França em um caso envolvendo milhões de dólares supostamente pagos para encobrir o uso de doping por parte de atletas russos.

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