O encontro, marcado para o próximo mês, acontecerá no estado de Arunachal Pradesh, uma das grandes regiões disputadas entre chineses e indianos. Nesse território, que a China afirma fazer parte do Tibete do Sul, o Dalai Lama terá reuniões com o objetivo de legitimar as reivindicações da Índia sobre a área.
Para Pequim, o Dalai Lama é apenas um separatista que aumentará as tensões bilaterais em um momento de grande desacordo entre China e Índia, com os indianos demonstrando cada vez mais indignação diante da aproximação entre chineses e paquistaneses.
Nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China se manifestou duramente contra essa viagem do Dalai Lama, mandando um recado claro para os indianos.
"O convite feito ao Dalai Lama pela parte indiana para visitar uma área disputada por China e Índia infligirá graves danos à relação bilateral e à paz e estabilidade na fronteira entre a China e a Índia", afirmou o porta-voz da chancelaria, Geng Shuang.