Segundo Romero Jucá, estão incluídos na pauta econômica o projeto que reabre o prazo de repatriação de recursos enviados ilegalmente para o exterior, a regulamentação do direito de greve para servidores públicos e a venda de terras para estrangeiros.
"Nós temos uma vasta pauta econômica, tanto macroeconômica, quanto microeconômica. Nós temos para votar assim que terminar o Carnaval a repatriação, que é a última fase, logo após nós temos projetos importantes que regulamentam o direito de greve, projetos importantes que tratam da questão da venda de terras para estrangeiros, a convalidação dos incentivos fiscais. Tudo isso são questões que tem uma repercussão econômica forte, e é preciso se ter clareza e segurança jurídica dessas matérias. Há uma disposição tanto no Senado, quanto na Câmara de formar uma grande pauta que possa ajudar a transformar o país."
O senador falou ainda sobre o projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União, que já está na Câmara dos Deputados. Segundo Romero Jucá, o Senado vai ser rigoroso na votação do projeto, pois tem que ser uma legislação que eduque, além da mudança estrutural.
"Na verdade o Senado fala por último nessa questão. O projeto está sendo delineado pelo governo, vai ser encaminhado para a Câmara, que vai debater muito isso, não é uma matéria fácil, até porque postergar pagamento de dívida não é resolver o problema do Estado é endividar os novos governos que virão no futuro. Se não houver uma contrapartida de seriedade e de mudança estrutural apenas se estará adiando o problema para ser mais grave no futuro. A ideia não é criar um projeto que comprometa o futuro dos estados, a ideia é criar um projeto que dê algo emergencialmente factível do estado respirar em aparelhos, pois está na UTI, mas que se possa fazer um tratamento para curar o doente, pra que ela possa ser efetivamente uma legislação que não só salve os estados, mas tem que ser uma legislação que eduque, que simbolize para o futuro que a irresponsabilidade será combatida de forma muito forte."
Em relação a regulamentação da greve no serviço público, o líder do governo no Senado disse que o texto já está pronto e que o projeto é mais amplo, auxiliando as liderança sindicais no que diz respeito também a outras questões, como as negociações trabalhistas. "Nós não estamos só regulamentando a greve, nós estamos avançando, atendendo as centrais sindicais, e disciplinando como será a mesa de negociação do trabalho, representação sindical dos servidores públicos, ou seja, há uma pauta positiva para as centrais e os sindicatos, que trabalham no serviço público. Eu acho que o projeto é equilibrado, é claro que pode não ter a unanimidade das avaliações, mas é um avanço importante."
Jucá ressaltou que perante a decisão do Supremo a respeito da greve de servidores públicos, o projeto é uma condição, em tese, de haver a possibilidade de realizar greve desde que haja uma regulação, um processo controlado e negociado com as partes e com os governos.