Opinião: Coreia do Norte pode atacar bases dos EUA no Japão e Coreia do Sul

© REUTERS / KCNALíder norte coreano, Kim Jong-un
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Especialistas da Coreia do Sul pensam que a Coreia do Norte lançou simultaneamente mísseis de diferentes tipos para mostrar que pode usar todo seu arsenal em simultâneo para atacar as bases americanas na Coreia do Sul e no Japão.

O chefe do Departamento de Estudos Estratégicos de Unificação do Instituto Sejong, Seong-chang Cheong, disse à Sputnik Coreia que a Coreia do Norte realizou este lançamento provavelmente não só para mostrar mais uma vez sua atitude perante os exercícios militares dos EUA e Coreia do Sul, mas também para desviar a atenção pública da investigação do assassinato de Kim Jong-nam (o irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un).

"Podemos esclarecer os verdadeiros motivos de Pyongyang só depois de divulgação de uma declaração oficial sua", sublinhou o especialista.

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Os mísseis lançados são de médio alcance, por isso, segundo o especialista, têm como fim assustar os aliados dos EUA – a Coreia do Sul e o Japão.

Kim Dongyeop, do Instituto de Pesquisas de Extremo Oriente da Universidade de Kyungnam, considera que os mísseis lançados podem pertencer a dois tipos diferentes – Scud ER e Rodong, o que mostra a capacidade dos norte-coreanos atacarem simultaneamente várias bases dos EUA no Japão.

"É muito provável que isto tenha sido não um simples lançamento de teste, mas parte dos exercícios sazonais de mísseis da Coreia do Norte, que mostram também sua reação aos exercícios dos EUA e da Coreia do Sul", assinalou o especialista.

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Outro especialista, Kwak Tae-Hwan, o ex-chefe do Instituto de Unificação Nacional da Coreia do Sul, sublinhou que a administração do presidente dos EUA está agora ponderando a instalar armamentos nucleares táticos na Coreia do Sul, o que contradiz a ideia de desnuclearização da Península Coreana e pode mesmo levar a uma guerra nuclear na região.

"Os políticos, burocratas e governo imprevidentes devem tomar consciência do nível de sua responsabilidade", disse ele.

Segundo Kwak Tae-Hwan, a decisão do presidente interino da Coreia do Sul, Hwang Kyo-ahn, de acelerar a instalação do sistema de defesa antimíssil americano apenas agrava este problema.

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