Vários países europeus, inclusive a Hungria, a Polônia e a República Tcheca, são muito críticos em relação às organizações não governamentais (ONGs) apoiadas pelos EUA.
Grupos afiliados com o bilionário americano George Soros são os mais visados pela onda de críticas, sendo que conhecidas figuras políticas, como o premiê húngaro Viktor Orban e o presidente tcheco Milos Zeman, acusaram estas entidades de interferir nos assuntos internos de diferentes nações.
"Simplesmente digamos que é uma maneira muito prática de 'exportar a democracia', por assim dizer. Talvez haja alguma espécie de transformação e elas [as ONGs] passem a usar métodos mais sofisticados. Pode ser que estas organizações retornem a seus métodos originais, [que elas usavam] quando treinavam e doutrinavam as pessoas em vez de as porem diretamente nas ruas", disse Petrenko.
O especialista também expressou seu ceticismo em relação às declarações de que estas entidades não têm nada a ver com o governo dos EUA.
"Tudo o que estas organizações fazem, é feito com determinados meios financeiros, meios que elas recebem do orçamento. Isto não é a mesma coisa que o financiamento por parte de Soros, que fez fortuna e agora está gastando dinheiro com a democracia global", explicou o professor.
Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que os EUA não tentariam mais impor o seu sistema político a outros países, e, de acordo com Petrenko, os líderes europeus consideraram esta declaração como uma espécie de sinal para eles.
"Aparentemente, eles entenderam a declaração de Trump (de que os EUA se absteriam de impor sua democracia aos outros) como uma espécie de sinal de que agora eles podem limitar as atividades destas organizações [as ONGs apoiadas pelos EUA] em seus países. Entretanto, ainda não está claro se eles [os líderes europeus], vão realmente fazer alguma coisa em relação a isso", observou o acadêmico.