Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança e de Defesa Nacional da Ucrânia anunciou o início, a partir do dia 15 de março, do bloqueio completo de todos os acessos aos territórios independentistas. Essas medidas permanecerão em vigor até o retorno das autoproclamadas repúblicas populares de Lugansk e de Donetsk (RPL e RPD) à jurisdição ucraniana. As autoridades da RPD declararam que o bloqueio viola os acordos de Minsk.
"Instamos o governo da Ucrânia a evitar uma catástrofe humanitária e a cumprir os seus compromissos no âmbito do "conjunto de medidas" (dos acordos de Minsk), inclusive no que diz respeito à restauração dos laços sociais e econômicos com Donbass", informa um comunicado no site do órgão russo.
"A medida do Conselho de Segurança e de Defesa Nacional da Ucrânia é fundamentada pela suposta ocupação de empresas ucranianas em Donbass. Essas afirmações não resistem à críticas. Kiev, incentivando os extremistas que bloquearam a comunicação ferroviária com a região, criou de forma artificial os problemas para o funcionamento dessas entidades econômicas", afirma o texto do ministério.
A chancelaria russa destacou que, buscando impedir a falência e a destruição dessas empresas, "as autoridades das autoproclamadas RPL e RPD se viram na obrigação de assumir a responsabilidade por essas instituições e pelos trabalhadores".