A imprensa americana e a comunidade de especialistas estão discutindo vigorosamente os planos do presidente para aumentar drasticamente as capacidades e a quantidade de navios da Marinha nacional. Donald Trump, de fato, tem afirmado repetidamente que isso deve ser feito. Mas as paixões pré- e pós-eleitorais deixaram esta questão para trás. Elas acalmaram um pouco, e é hora de analisar as linhas políticas chave do chefe de Estado. Tanto mais as que têm tendência militar. Assim, Trump planeja aumentar em 30 anos o número de navios de guerra de 272 para 350. O desenvolvimento e o reforço da marinha para um país com ambições globais, que os Estados Unidos foram e continuam sendo, é uma estratégia muito tradicional.
A questão é ainda mais dificultada por fatores negativos na indústria de defesa americana. Pela própria corrupção. Ou negligência. Os admiradores da América vão imediatamente dizer que essas coisas não podem existir a priori no país mais avançado do mundo. Então que leiam a imprensa especializada ou simplesmente de referência. Eles vão encontrar muitas coisas interessantes sobre como é gasto o dinheiro do orçamento.
Basta lembrar uma coisa curiosa que aconteceu com a beleza e orgulho da Marinha dos EUA, o mais novo destróier invisível USS Zumwalt. Há alguns meses atrás, ele perdeu completamente a capacidade de combate e a mobilidade como resultado de danos sofridos durante a passagem pelo Canal do Panamá. Verificou-se que, nos sistemas do navio, que deveria revolucionar a guerra naval, simplesmente entrou água! E este destróier custou quatro bilhões e meio de dólares. Acredita-se que o Zumwalt é um exemplo clássico de "desvio" de fundos militares dos EUA. Isto relativamente à corrupção. Há muitos de tais exemplos.
E depois o pessoal da Marinha também se expõe de modo desfavorável. É um escândalo: oficiais da Marinha dos EUA estavam vendendo informações classificadas a troco de festas com sexo. E isso — o que é surpreendente — encabeçado por um contra-almirante. Prostitutas, relógios caros, charutos, conhaque e champanhe francês: este era o preço pelos dados classificados como "secretos". Toda esta companhia divertida recebeu subornos de um certo empresário de Singapura. Este, por sua vez, era contratado pelo Pentágono e anteriormente já se tinha confessado culpado de fraude em dezenas de milhões de dólares em negócios com a Marinha dos EUA.
Portanto, antes de atribuir um extra de 54 bilhões de dólares ao orçamento de defesa, as autoridades de Washington deveriam fazer contas sete ou mesmo setenta vezes. Ou melhor — pensar bem.