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Em dia de manifestações, Temer afirma que reforma da Previdência não vai tirar direitos

© Antônio Cruz/Agência BrasilO presidente Michel Temer fala da reforma da Previdência durante o lançamento do programa Senhor Orientador, em Brasília
O presidente Michel Temer fala da reforma da Previdência durante o lançamento do programa Senhor Orientador, em Brasília - Sputnik Brasil
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Diante das manifestações de protesto de diversas categorias pelo país nesta quarta-feira (15) contra a reforma da Previdência proposta pelo governo federal, o presidente Michel Temer voltou a falar da importância da aprovação da PEC que tramita no Congresso como uma forma de conter o possível colapso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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Ao participar, em Brasília, do lançamento do projeto Senhor Orientador, onde aposentados com mais de 60 anos vão atuar como consultores de crédito e orientar os donos de pequenos negócios a conseguirem financiamento de capital de giro, Michel Temer aproveitou para reafirmar que a reforma da Previdência não vai tirar direitos de ninguém.

"Por isso que nós apresentamos também um caminho para salvar a Previdência do colapso, para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã. Isso, parece ser coisa será que é para tirar direitos de pessoas? Em primeiro lugar, não vai tirar direito de ninguém. Quem tem direito já adquirido, ainda que esteja no trabalho, não vai perder nada do que tem, mas é prevenir o Brasil do futuro."

Entre as medidas propostas no texto da reforma da Previdência estão a implantação da idade mínima de aposentadoria de 65 anos, para homens e mulheres, e a exigência de que os trabalhadores deverão contribuir por até 49 anos para conseguirem  ter o direito ao benefício integral.

Temer ressaltou que o texto enviado ao Congresso pode ter uma ou outra alteração, mas defende uma reforma profunda agora para que não haja necessidade de novas medidas mais drásticas no futuro.

Segundo o presidente, se a reforma for superficial agora, dentro de no máximo cinco anos o Brasil vai ter que passar por cortes de gastos ainda maiores, como aconteceu com países como Portugal, Grécia e Espanha.

"Ou fazemos uma reformulação da Previdência agora, e é claro, poderá haver uma ou outra adaptação, o Congresso é que está cuidando disso, mas não podemos fazer uma coisa modestíssima agora para daqui quatro ou cinco anos termos que fazer como  Portugal, Espanha, Grécia ou outros países, que tiveram que fazer um corte muito maior porque não preveniram o futuro."

Michel Temer também afirmou que seu governo está aplicando medidas populares e não populistas e que mesmo não tendo aprovação imediata, ele tem certeza de que serão reconhecidas posteriormente. "As medidas populistas começam cheias de aplausos, para logo depois se relevar um desastre absoluto. As medidas populares não têm aplausos imediatos, mas têm o reconhecimento posterior." 

Ao falar sobre o desemprego, o presidente acredita que haverá uma redução significativa da crise no país, especialmente a partir do último trimestre do ano. Temer destacou também que a inflação e o risco país estão caindo, afirmando já há sinais de recuperação na produção industrial brasileira.

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