No documento, as entidades ainda pedem a suspensão da tramitação da proposta da reforma da Previdência, e solicitam a realização de uma discussão mais ampla e democrática com a sociedade, além de apresentação de estudos econômicos, atuariais e demográficos completos, e transparência na divulgação dos dados da Seguridade Social.
O presidente da OAB Nacional, Carlos Lamachia destacou que as instituições querem debater a reforma da Previdência de forma justa e digna,para que não se provoque qualquer tipo de retrocesso social de benefícios já conquistados. Lamachia ressaltou ainda que o movimento lançado pela OAB não é só da entidade, mas da sociedade civil organizada.
"A ideia justamente de virmos aqui hoje entregar esta manifestação é exatamente podermos dialogar com o parlamento brasileiro. Esta aqui é a Casa do povo e por isso que nós temos que estabelecer esse debate com a sociedade e a partir da Câmara dos Deputados e desta comissão que está apreciando".
O presidente da Comissão Especial que analisa a PEC da reforma da Previdência, deputado Carlos Marun acha importante a participação da Ordem dos Advogados do Brasil na discussão do assunto, e que a carta entregue deve ser respeitada. "Nós estamos neste momento em um momento de diálogo. É oportuno então que isto tenha acontecido neste momento, e obviamente é um documento que devemos respeitar. Transmitirei esse documento aos parlamentares da comissão, ao relator, para que, no momento da formação de nossa convicção, ele seja levado em consideração por todos".
Carlos Marun, no entanto, deixou claro que mesmo com a entrega da carta e do movimento da OAB, não haverá mudanças no cronograma de trabalhos da comissão especial e ainda ressaltou que a sociedade já está sendo ouvida através as audiências públicas que estão sendo realizadas.
"A participação social está sendo excelente. Na verdade, excelente e suficiente. Para que nós, parlamentares, que somos os representantes da população, eleitos para cumprirmos esse papel formemos as nossas convicções".
O presidente da Comissão especial prometeu que o documento da OAB com as críticas ao texto da reforma proposto pelo governo federal, será encaminhar para análise dos demais parlamentares e do relator da comissão.