De acordo com ela, em um dos Países Bálticos, algumas pessoas, que participaram de entrevistas de trabalho para Sputnik, foram chamadas aos KGB (Comitê de Segurança do Estado) locais para passar por interrogatório.
"Querem saber por que foram, perguntam se querem trair sua pátria […] Isso foi a pior coisa da União Soviética e vale ressaltar que não temos isso [hoje] e eles têm. É incerto se União Soviética os ensinou ou ao contrário", disse Simonyan em entrevista à agência RNS.
Ela frisou que alguns e-mails internos do RT caíram nas mãos de seus concorrentes e isto seria impossível sem ajuda de serviços secretos.
"Quando eu falo por telefone com alguém ou escrevo algo, eu sei, que não somos dois, ou três ou mesmo cinco", acrescentou ela.
No final do ano passado, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução destinada a combater os meios de comunicação russos.
A resolução chamou a Sputnik e RT de ameaças à unidade europeia, e propôs que a UE financie "projetos de contrapropaganda". Mais estranhamente, a resolução até tentou traçar paralelos entre o trabalho da mídia russa e a propaganda disseminada pelos terroristas do Daesh (grupo terrorista, proibido na Rússia). O presidente Putin disse que o documento era um sinal da degradação da democracia nos países ocidentais.