A unidade, que será composta por entre 1.500 e 3.500 soldados, será uma força de resposta de emergência e irá operar no sul da Arábia Saudita. Segundo disseram fontes de segurança ao portal The Middle East Eye, a brigada "não atravessará a fronteira" com o Iêmen, onde Riad está liderando uma coalizão militar árabe contra os rebeldes xiitas.
O destacamento da brigada paquistanesa vem após a visita do general Qamar Javed Bajwa, chefe de Estado-Maior paquistanês, à Arábia Saudita, em uma viagem oficial de três dias em dezembro do ano passado.
A notícia parece sinalizar uma melhora nas complicadas relações entre os dois países.
Islamabad e Riad são aliados e rivais ao mesmo tempo. Por um lado, o Paquistão é um país militarmente forte, com um enorme arsenal nuclear, mas é fraco economicamente e, neste quesito, é apoiado pela Arábia Saudita, que abriga milhares de imigrantes paquistaneses e financia vários projetos de Islamabad. Por outro lado, o Paquistão não aceita de bom grado as reivindicações de Riad de querer liderar a comunidade muçulmana.