"A UE, a OTAN e a aliança ocidental falharam completamente perante o povo da Europa de Leste. O amor desenfreado dos ex-membros do bloco soviético está virando lentamente em desprezo. O Euromaidan e depois a guerra civil revelaram uma divisão ideológica e cultural", disse.
Na Moldávia, diz ele, se observa "uma viragem geral em direção à Rússia". O novo governo do país foi capaz de vencer porque "a maioria dos moldávios são a favor da parceria estratégica com a Rússia" que o novo governo está defendendo.
"Em 2014, a nossa atual coalizão pró-europeia no parlamento assinou um acordo de associação com a União Europeia e nós não recebemos quase nada da União Europeia, tendo tido uma grande redução econômica por perdermos o mercado russo. [A Rússia] é o nosso parceiro estratégico, é o que acontece quando os políticos que tentam destruir os laços e tradições antigas entre os nossos povos chegam ao poder", cita o analista a ex-premiê da Moldávia e atual chefe do Partido Socialista Zinaida Greceanii.
Numa pesquisa recente realizada na Hungria, 75% dos entrevistados queriam relações pragmáticas e favoráveis com a Rússia, contra isso se pronunciaram apenas 5%, que afirmam que "a Hungria não deve sequer falar com o presidente russo Vladimir Putin".
A reinicialização das relações turco-russas, especialmente a renovação do projeto do gasoduto Corrente do Sul, reflete a viragem em direção à Rússia na Grécia, Macedônia, Eslovênia, Itália e outros ex-devotos da OTAN e da UE.
"Não importa como são classificados todos esses movimentos geopolíticos, é claro que existe uma tendência a favor dos laços com a Rússia", conclui.