A oposição da China a qualquer acordo de venda de armas entre os EUA e Taiwan é uma posição "estável" e "clara" que Pequim tem há muito tempo defendido, disse a porta-voz Hua Chunying ao jornal Japan Times.
O fim do acordo em questão permitirá manter o Estreito de Taiwan em paz, observou Hua. O Estreito de Taiwan serve frequentemente de palco de exercícios militares com a participação do porta-aviões USS Carl Vinson da Marinha dos EUA e do porta-aviões Liaoning da Marinha do Exército de Libertação Popular da China.
Por sua vez, os parlamentares taiwaneses saúdam a disposição da nova administração Trump de fornecer mais um lote de armas avançadas, informou o jornal South China Morning Post.
"Saudamos esta iniciativa, mas para nós é mais importante decidir nossas próprias necessidades de armamento", afirmou o parlamentar Lu Yu-ling. Huang Wei-che, do partido de oposição, disse que Taiwan mostrará sabedoria abordando Trump com cautela devido ao seu "caráter interesseiro", observou o Post.
Um relatório recente enviado pelo Ministério de Defesa de Taiwan ao Parlamento refere que Taiwan é capaz de responder a invasões "atacando as tropas inimigas em suas bases" e "combater contra elas no mar", apontando que Pequim nunca excluiu a possibilidade de entrar em um conflito armado para reconquistar Taiwan.
A nova encomenda de armas aos EUA deverá incluir mísseis de defesa, componentes e equipamentos para acelerar a modernização dos F-16 de Taiwan em F-16V.