Após seu discurso no Fórum Russo-Alemão em Moscou, realizado na segunda-feira (20), o político conversou com a Sputnik Alemanha e partilhou sua visão dos laços existentes entre os dois países.
"Claro que antigamente elas [relações] eram muito melhores. A 'situação meteorológica' geral, claro, não é fácil, e para a sociedade alemã, por exemplo, ela se determina primeiramente por tais palavras-chave como Crimeia, Síria e Ucrânia. Mas, quaisquer que sejam certas opiniões, não temos outra opção senão ficar juntos", afirmou Stoibe.
Ex-premiê da Baviera assinalou: o mais importante para hoje é aprender dialogar. "Quer dizer, falar um ao outro, tentar entender a outra parte e não atacar um ao outro com opiniões já preparadas, como foi na época da Guerra Fria. É o pior de tudo", sublinhou, dizendo que a respectiva visita do premiê atual da Baviera, Seehofer, e a próxima visita da chanceler alemã, Angela Merkel, podem ser os primeiros passos no processo de normalização das relações.
Stoibe destacou que este processo, por mais espinhoso que seja, não pode passar sem a participação norte-americana.
"Eu espero que, de qualquer modo, os EUA tomem parte deste processo. Para mim, uma coisa verdadeiramente nova aconteceu quando Putin, pela primeira vez, disse em uma conversa: seria muito bom se os EUA, de alguma forma, participassem no processo de Minsk, em primeiro lugar, tentassem discutir algumas coisas com Kiev", expressou.
Em uma entrevista exclusiva, o político expressou sua esperança de os EUA e a Rússia, finalmente, entrar em um período de melhoramento das relações, o que, obviamente, seria benéfico para todo o mundo, inclusive para a Europa.
Ao falar sobre as razoes desta grave crise nas relações entre Moscou e os países ocidentais, o político usa muita "autocrítica" e atribui a maior parte de responsabilidade ao bloco ocidental que "não ouviu os sinais fantásticos" lançados por Putin ainda em 2001.