As tropas da OTAN têm combatido no Afeganistão desde a invasão americana de 2001. Atualmente, a organização mantém cerca de 13 mil homens no país, sob a missão Resolute Support, liderada pelo general John Nicholson, também dos Estados Unidos.
Antes de Scaparrotti, o próprio Nicholson já havia sugerido, no mês passado, que Moscou poderia estar encorajando e dando apoio diplomático ao Talibã para minar a influência de Washington na região e derrotar as tropas da OTAN. No entanto, ele não chegou ao ponto de falar em "fornecimento".
O atual movimento fundamentalista islâmico do Talibã é herdeiro dos mujahidins armados pela CIA na década de 1980 através da Operação Ciclone, que tinha como objetivo derrotar as forças da então União Soviética presentes no Afeganistão. Nos anos 1990, o grupo se fortaleceu tanto que conseguiu tomar o poder e governar o país de fato até 2001, quando foi derrubado pelos americanos por se recusar a entregar Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda e responsável pelos ataques de 11 de setembro daquele ano, em Nova York.