Para apoiar sua tese, Cohen refere os discursos de Nikki Haley, representante permanente dos EUA junto às Nações Unidas que declarou que os norte-americanos "nunca confiaram na Rússia".
Segundo o analista escreveu no editorial para o The Nation, esta declaração destruiu todos os esforços levados a cabo para alcançar acordos russo-estadunidenses no domínio da defesa. Segundo ele, é muito perigoso jogar a carta da histeria antirussa.
#Russia officially says that #NATO is with Moscow in informational war. https://t.co/16qeVfZtUr
— Marko Mihkelson (@markomihkelson) 5 de fevereiro de 2016
Ao mesmo tempo Cohen considera que a mídia norte-americana não só divulga propostas antirussas dos políticos norte-americanos mas ela própria também escala a situação.
Assim, várias edições como o New York Times, o Washington Post, o New Yorker, o Politico e canais de televisão como o MSNBC, CNN e NPR sempre divulgam ou transmitem as discussões sobre o tema "complô Trump-Putin" sem apresentarem quaisquer provas.
Stephen Cohen acrescenta que "a guerra fria entre Rússia e EUA será mais perigosa e dura" se a situação se continuar desenvolvendo segundo a mesma lógica.
Os contatos entre a administração do presidente norte-americano Donald Trump e representantes da Rússia, nomeadamente com o embaixador russo em Washington Sergei Kislyak, provocaram uma série de escândalos nos EUA.
How the US and Russia are fighting an information war — and why the US is losinghttps://t.co/fBEVyKxlSs
— Kenneth Geers (@KennethGeers) 14 de março de 2017
O conselheiro de Donald Trump para a Segurança Nacional Michael Flynn se demitiu em fevereiro após a publicação no Washington Post de um artigo que mencionava uma conversa telefônica entre ele e Kislyak.
Kremlin por seu lado negou a informação do Washington Post. "A conversa teve lugar" entretanto "quanto ao resto, a informação é falsa", indicou Dmitry Peskov.