Quaisquer futuros ataques contra o território sírio receberão uma resposta com força letal e ataques de retaliação em profundidade do território israelense, comunicou o governo sírio.
Se Israel atacar infraestruturas civis sírias, os mísseis sírios serão disparados contra o porto israelense e instalação petroquímica de Haifa. Os mísseis serão lançados sem qualquer notificação prévia, diz a nota.
Esse aviso surgiu depois de o presidente do país, Bashar Assad, ter feito uma declaração, em 20 de março, afirmando que proteger suas próprias fronteiras é um direito e obrigação de todas as nações.
"A resposta forçada da Síria aos ataques israelenses mudou as regras do jogo", disse o embaixador sírio na ONU, Bashar al-Jaafari. Ele acrescentou que tal resposta à ameaça é "apropriada e vai em conformidade com a operação terrorista de Israel" e que "a partir de agora, Israel vai considerar mil vezes [antes de bombardear de novo]".
Em 17 de março, os militares israelenses efetuaram vários ataques aéreos contra o território sírio, sendo que estes foram seguidos pelo lançamento de vários mísseis antiaéreos contra os aviões militares israelenses que sobrevoavam o território da Síria.
Após os incidentes mencionados, Israel ameaçou conduzir ataques especificamente para destruir as baterias antiaéreas sírias.
De acordo com as autoridades israelenses, os ataques aéreos visam combater as armas avançadas contrabandeadas para o Hezbollah no Líbano através do território sírio.
"Nossa política é muito coerente", disse o premiê israelense na sequência dos ataques. "Quando estamos a par de uma tentativa de contrabandear armas para o Hezbollah, fazemos qualquer coisa para prevenir isso, sendo que temos dados e capacidades suficientes para reagir."
De acordo com a mídia, durante seu encontro com o presidente russo, Netanyahu prometeu continuar tentando lutar contra as tentativas de contrabandear as armas para o Hezbollah através da Síria. Netanyahu negou as informações de que lhe tivesse sido pedido para cessar as operações militares na Síria.
Israel e a Síria não estiveram envolvidos em qualquer tipo de uma confrontação militar séria desde que começou a guerra civil na Síria seis anos atrás.