Os estudantes, que desejam viajar à Polônia para continuar seus estudos sobre o Holocausto, ajudaram a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, sigla em inglês) a escavar os restos de um assentamento judaico de dois mil anos.
A maioria dos edifícios escavados eram habitações usadas por soldados rebeldes. O complexo também incluía um "labirinto sinuoso" de túneis para esconder refugiados dos romanos. Eles também descobriram jarras e vasos de cerâmica intactos, provavelmente usados pelos rebeldes.
A sangrenta guerra terminou com a derrota dos rebeldes judeus, a morte de centenas de milhares e o início da diáspora judaica da Judéia que duraria até aos tempos modernos.
"O passado e o presente estão se unindo numa cidade que conheceu a divisão e agora vive em harmonia", disse o ministro israelense da Construção e Habitação, Yoav Galant, ao Jerusalem Post. "Não há nada mais positivo do que o fato de que os alunos que estão aprendendo sobre as tentativas para aniquilar seu povo estão envolvidos no fortalecimento de nossos laços com Israel e lembrando as gerações do passado."
"O objetivo desta iniciativa é transmitir o patrimônio do passado aos estudantes israelenses, integrando-os em um valioso projeto educacional, como a escavação de um sítio arqueológico", disse ele.
"É fantástico que nós, estudantes israelenses do século XXI, estamos tendo a oportunidade de descobrir o país e estamos descobrindo um povoado judeu de 2.000 anos com nossas próprias mãos", disse Shelly Kozlovich, uma dos alunos do ensino médio que participaram da escavação.
"Com o dinheiro que estamos ganhando, pagaremos nossa viagem à Polônia e aprenderemos sobre o Holocausto — um evento que teve uma enorme influência no estabelecimento de Israel. É uma ótima forma de fechar um ciclo."
A IAA pretende preservar o local da escavação como um parque arqueológico. A área circundante vai se tornar um novo bairro residencial.