Os 600 soldados estonianos deixarão imediatamente suas casernas quentes na base militar de Tapa e irão com barracas para o polígono de Lasna. Por sua vez, o comando das Forças Armadas da Estônia explica esse evento como exercícios militares, dizendo que os soldados necessitam de aprender a combater em bosques. No entanto, nem tudo assim é tão fácil. A verdade é que não são treinos o que obriga quase um terço dos soldados do exército estoniano a sofrer os pesados sacrifícios e privações do serviço militar no seio da severa natureza local.
A solução foi simples: nas casernas libertadas serão instalados os soldados da OTAN que já chegaram ao país conforme a decisão da Aliança Atlântica, autorizada na cúpula de Varsóvia em 2016.
Assim, os militares da Grã-Bretanha, França e Dinamarca vêm para a Estônia, os canadenses — para a Letônia, e os alemães — para a Lituânia. Tendo em conta que são militares, consequentemente virão de acordo com os prazos indicado em suas ordens. Entretanto, os estonianos neste caso lembram uma dona de casa que convidou muitos hóspedes, mas começou preparando a festa só com meia hora de antecedência. Dezenas de milhar de metros quadrados, tão necessários hoje, estão ainda em fase de construção. Eles são as três casernas que, segundo prometam os construtores, estarão disponíveis em agosto ou setembro deste ano.
Então, isso significa que os soldados estonianos serão obrigados a esperar durante meio ano em barracas devido à inépcia do comando.
Mas existem também outros momentos magníficos. Como, por exemplo, a chuva. As chuvas na Estônia, que são muito fortes e quase permanentes, criam condições muito duras. E os soldados estonianos têm de sofrer essas condições durante meio ano. Contudo, lhes foi prometido que suas barracas serão equipadas com camas, mas não dão outros detalhes sobre as consequências de condições de vida tão incomodas.
O primeiro destacamento do batalhão britânico da OTAN, que é composto por 130 militares, já chegou à Estônia. Além disso, os primeiros 50 militares franceses se lhes juntaram na base militar de Tapa. O posicionamento deste contingente da OTAN na Estônia está planejado estar terminado na primeira metade de abril. Até ao fim desse prazo, cerca de 800 soldados e oficiais da Grã-Bretanha e cerca de 300 da França serão colocados no país. Os franceses estarão na Estônia durante oito meses, depois serão substituídos pelos militares dinamarqueses.