Como é que a China obtém supremacia na área da tecnologia?

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Investimentos da China na área das startups tecnológicas dos EUA e da Europa e os próprios êxitos da China na área das tecnologias se tornaram os temas de destaque, depois de uma publicação recente do The New York Times e de uma coluna autoral de David Dodwell no South China Morning Post.

As empresas chinesas estão investindo bilhões de dólares em startups ocidentais que trabalham na área de tecnologias avançadas. Segundo Dodwell, diretor do Grupo de Política Comercial de Hong Kong e representante do conselho de negócios da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, a China está se movendo para a predominância tecnológica mundial.

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Um exemplo do interesse da China pelas startups americanas é a história da empresa Neurala, que se dedica à inteligência artificial. A Força Aérea dos EUA se dirigiu a esta empresa startup com um projeto para a criação de robôs militares. Mas a Força Aérea dos EUA não quis financiar a cooperação e o financiamento chegou de uma empresa de investimentos chinesa.

Nos últimos anos, a China tem investido em startups dos EUA que desenvolvem motores de mísseis, sensores para veículos não tripulados marítimos, aviônica, robôs e inteligência artificial. A situação preocupa muito Washington, porque estes conhecimentos ajudam a acelerar o desenvolvimento técnico-militar da China.

O representante do Centro de Pesquisas Estratégicas Internacionais James Lewis disse que uma razão para preocupação é o fato de a China ser um rival militar dos EUA. "O que fazer com um rival que está envolvido no seu segmento de mercado mais inovador?", perguntou.

De acordo com o banco de dados CB Insights, a China investiu em 2015 $ 9,9 bilhões (R$ 31 bilhões) em startups americanas na área das tecnologias somente no Vale do Silício – quatro vezes mais que no ano anterior. A China se focaliza nas tecnologias que vão mudar radicalmente os meios de condução da guerra no futuro: drones, robôs e inteligência artificial.

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As tentativas da China para conquistar a área das tecnologias nos EUA não é uma surpresa. No ano passado, a China esteve muito ativa na Europa. Segundo os dados da Ernst&Young, o volume de transações negociado pelos investidores chineses somente na Alemanha no primeiro semestre do ano de 2016 foi de $ 10,8 bilhões (R$ 34 bilhões).

O uso de todas as partes dos pagamentos eletrônicos via smartphones, a instalação do tipo de conexão 5G por todo o território da China até 2020, supercomputadores, drones, o crescimento de patentes nacionais, impressão 3D de vasos sanguíneos a partir de células-tronco, radiotelescópios e educação na área de ciências exatas – a lista de êxitos da China é muito grande.

As autoridades dos EUA estão receando com razão que a China vai ultrapassar os americanos na área das tecnologias, enquanto os cidadãos comuns continuam dando umas risadas sobre os chineses que "sabem apenas roubar ideias e copiar mal".

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