Em uma reunião com o Congresso dos EUA, o general Scaparrotti afirmou que para conter a Rússia no continente europeu há a necessidade de implantar uma divisão blindada americana, assim como mais unidades das forças navais e caças de quinta geração.
O analista russo Aleksandr Khrolenko pergunta por que faz falta posicionar tropas adicionais, dado que é a OTAN que continua se expandindo: o Senado aprovou a adesão do Montenegro ao bloco, enquanto Washington e Bruxelas voltam a fazer vista grossa às propostas russas sobre segurança europeia.
"O discurso beligerante e o fato de que o Pentágono se volta de modo consecutivo para o continente europeu, não contribuem nem para a segurança dos EUA nem da Europa", diz Khronenko.
É provável que exista algum motivo prático por trás dessas decisões, como, por exemplo, a tradicional atitude de Washington perante a necessidade de incentivar a economia do país. Ou seja, o que se pretende é alcançar o crescimento econômico através dos elevados gastos em armas e defesa, raciocina o especialista.
Uma divisão blindada americana é composta por inúmeros carros de combate Abrams, veículos de combate de infantaria e cavalaria Bradley, transportes de lagartas blindados M113, helicópteros de ataque Apache, polivalentes Black Hawk e de reconhecimento Kiowa, além de outro material de guerra.
Enquanto isso, o Pentágono assegura que pode dialogar com a Rússia só a partir de uma posição de força.
"Não se pode permitir que as novas prioridades econômicas de Washington, a crise político-militar da excepcionalidade norte-americana e as turbulências na Casa Branca resultem em um 'diálogo' destrutivo entre a Europa e os Iskander russos, e entre os EUA e os Bulava", adverte o colunista.