As verdadeiras razões para instalar na Europa mais uma divisão blindada dos EUA

© REUTERS / Kacper PempelSoldados poloneses e norte-americanos durante exercícios conjuntos Anakonda 16 perto de Torun, Polônia, junho de 2016
Soldados poloneses e norte-americanos durante exercícios conjuntos Anakonda 16 perto de Torun, Polônia, junho de 2016 - Sputnik Brasil
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O comandante supremo da OTAN na Europa, general Curtis Scaparrotti, discursou perante o Congresso dos EUA pedindo o aumento da presença militar norte-americana para conter a Rússia. Aleksandr Khrolenko, colunista da Sputnik, analisa a decisão de Washington.

Em uma reunião com o Congresso dos EUA, o general Scaparrotti afirmou que para conter a Rússia no continente europeu há a necessidade de implantar uma divisão blindada americana, assim como mais unidades das forças navais e caças de quinta geração.

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No mesmo discurso, Curtis Scaparrotti insistiu no envio de armamento letal para Kiev.

O analista russo Aleksandr Khrolenko pergunta por que faz falta posicionar tropas adicionais, dado que é a OTAN que continua se expandindo: o Senado aprovou a adesão do Montenegro ao bloco, enquanto Washington e Bruxelas voltam a fazer vista grossa às propostas russas sobre segurança europeia.

"O discurso beligerante e o fato de que o Pentágono se volta de modo consecutivo para o continente europeu, não contribuem nem para a segurança dos EUA nem da Europa", diz Khronenko.

É provável que exista algum motivo prático por trás dessas decisões, como, por exemplo, a tradicional atitude de Washington perante a necessidade de incentivar a economia do país. Ou seja, o que se pretende é alcançar o crescimento econômico através dos elevados gastos em armas e defesa, raciocina o especialista.

Uma divisão blindada americana é composta por inúmeros carros de combate Abrams, veículos de combate de infantaria e cavalaria Bradley, transportes de lagartas blindados M113, helicópteros de ataque Apache, polivalentes Black Hawk e de reconhecimento Kiowa, além de outro material de guerra.

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Não obstante, até 2017, as forças norte-americanas na Europa se limitavam à 173ª brigada aerotransportada e ao 2º regimento de cavalaria. A situação mudou em janeiro de 2017, quando Washington decidiu implantar uma brigada de tanques na Europa do Leste.

Enquanto isso, o Pentágono assegura que pode dialogar com a Rússia só a partir de uma posição de força.

"Não se pode permitir que as novas prioridades econômicas de Washington, a crise político-militar da excepcionalidade norte-americana e as turbulências na Casa Branca resultem em um 'diálogo' destrutivo entre a Europa e os Iskander russos, e entre os EUA e os Bulava", adverte o colunista.

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