De acordo com um estudo feito pela Woods Hole Oceanographic Institution, cerca de 40% dos corais no Mar já foram branqueados.
"Mas em 2015, o clima em junho foi excepcionalmente calmo — em um ponto, não havia vento nem ondas, o que teve um efeito amplificador sobre as temperaturas da água, que já estavam sentindo o calor do aquecimento global e o El Niño. Todo o recife tornou-se uma gigantesca piscina cozinhando ao sol".
O coral depende muito da temperatura da água em que vive. Apesar de viverem em mares quentes, eles não podem tolerar temperaturas aquáticas muito altas: mesmo o menor aquecimento da água faz com que as algas das quais os corais dependem, morrer. O coral cujas algas morreram perde suas cores magníficas e torna-se branco, num processo conhecido como "branqueamento". Se o coral permanecer sem algas vivas por muito tempo, eles morrem.
"É possível que os recifes de corais estejam em um perigo muito mais imediato do que previmos", disse a cientista do Woods Hole, Anne Cohen. "Quando as anomalias globais e regionais se alinham, um aquecimento aparentemente leve de dois graus poderia ser mais parecido com seis graus".