De acordo com a ministra Luislinda Valois, é justo que a medida seja adotada para que todas as mulheres na mesma situação da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro tenham o mesmo direito.
"Eu quero levar ao conhecimento que a norma legal existe no Código de Processo Penal e que está na hora de também se levar esta lei para todas as mulheres, que se encontrem em situações análogas a esta que nós estamos vivenciando neste momento. A nossa Constituição diz que todos os brasileiros são iguais perante a lei. Eu acredito que não há muito o que refletir, nem muito o que discutir."
A ministra dos Direitos Humanos, ressaltou que não é contra Adriana Ancelmo estar em prisão domiciliar, porém, afirma que a lei deve ser igual para todos.
"Não tenho nada contra ninguém, pelo amor de Deus. Nada contra a dona Adriana. Os advogados dela utilizaram de uma norma legal, que está em plena vigência. Eu quero também que nós criemos meios, para que nós levemos também esta possibilidade para as mulheres pretas e pobres da periferia, porque a lei é igual para todos."
Desde quarta-feira (29), a ex-primeira-dama do Rio está em prisão domiciliar, após ficar quatro meses presa no Complexo prisional de Bangu, na zona oeste da cidade. Adriana responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Já o Ministério Público Federal recorreu nesta quinta-feira (30) da decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura do STF. O MPF quer que a magistrada reconsidere sua decisão ou a encaminhe para o julgamento da Sexta Turma do STJ. Para o Ministério Público, não há motivos novos que justifiquem a prisão domiciliar de Adriana Ancelmo.