"A Turquia não conseguiu alcançar todos os objetivos durante a operação Escudo do Eufrates visto que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as Unidades de Proteção Popular (YPG) receberam apoio na região", comunicou Agar à Sputnik Turquia. "Os militares turcos não conseguiram cumprir as missões nas cidades sírias de Manbij e Tell Rifaat e seus arredores desde que as forças curdas e o Exército Árabe da Síria alcançaram o acordo para transferência de controle sobre estas áreas".
Ancara lançou a operação Escudo do Eufrates em 24 de agosto para libertar as cidades e povoações na fronteira entre a Síria e a Turquia do Daesh. A intervenção militar também se destinava a não permitir que os curdos avançassem mais para oeste e criassem uma região com fronteira única.
Turkey announces 'Euphrates Shield' op in Syria over following recent row with US https://t.co/4rcd5gBSQ1
— RT (@RT_com) 30 de março de 2017
Na quarta (29), o Conselho de Segurança Nacional anunciou que Ancara terminou sua campanha formalmente, acrescentando que ela foi bem-sucedida. O conselho não especificou os planos da Turquia para retirar as suas forças da região.
Segundo Agar, o presidente Erdogan e outros altos funcionários turcos afirmam que os curdos sírios, em particular o Partido de União Democrática (PYD) e o seu braço armado mais conhecido como Unidades da Proteção Popular (YPG) estão relacionados com o Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK).
"Por um lado, eles querem estabilizar a situação para que o processo de paz possa ser iniciado. Por outro lado, eles querem impedir os curdos sírios de se radicalizarem através do PKK", acrescentou Abdullah Agar à Sputnik Turquia.
Por isso, segundo o analista, as autoridades turcas podem lançar uma nova operação militar na Síria para alcançar estes objetivos.