"Finalmente, temos um presidente norte-americano guiado por uma avaliação realista dos interesses dos EUA e da situação 'real' — não pelos ditames da ideologia", disse Salvia à Sputnik.
Salvia observou que o presidente Donald Trump prometeu durante toda sua campanha eleitoral, no ano passado, abandonar a política dos EUA, há muito estabelecida, de derrubar regimes no Oriente Médio e em outros lugares do mundo em nome da democracia e dos direitos humanos.
"O reconhecimento da realidade da Síria pela Casa Branca é um avanço significativo", afirmou o ex-diplomata.
A declaração de Spicer refletiu o reconhecimento em Washington de que o governo de Assad não ameaçou nem atacou os Estados Unidos, enquanto grupos extremistas islâmicos sim, ressaltou Salvia.
Esta nova política, mais realista, irritou os falcões liberais e neoconservadores, tanto na esquerda como na direita americanas, mas está recebendo apoio popular, observou Salvia.
Salvia lembrou que Assad sempre havia protegido a comunidade cristã na Síria.
"Nunca fez sentido o fato dos Estados Unidos tentarem derrubar um dos principais defensores do cristianismo no Oriente Médio, enviando armas a grupos malignos como a Al-Qaeda — as mesmas pessoas que realizaram o ataque de 11 de setembro de 2001 conta os EUA ", disse o ex-diplomata.
Anthony Salvia foi Assessor Especial do Subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, sob a presidência de Ronald Reagan, diretor do escritório de Radio Free Europe / Radio Liberty em Moscou, e é sócio do Global Strategic Communications Group.