Apesar de muitos assegurarem que os EUA não realizaram o pagamento integral, tais métodos de adquirir territórios pertencem ao passado, explicou a Sputnik Anatoly Kapustin, presidente do Comité Executivo da Associação russa de Direito Internacional.
"Hoje em dia ninguém negocia territórios", enfatizou ele.
O estado do Alasca é parte do território dos EUA, está sob a soberania daquele país, e só poderá passar para as mãos da Rússia caso os dois países queiram chegar a um acordo para a transferência do Alasca ou troca por outras terras.
"Mas do ponto de vista do direito internacional, esta é uma opção pouco provável", sublinha.
O ex-senador de Pensilvânia, Bruce S. Marks, sócio da empresa de advocacia Marks & Sokolov, está de acordo com Kapustin ao considerar a restituição do Alasca à Rússia como pouco provável.
O especialista explicou que os EUA e a Rússia assinaram um acordo internacional vinculativo tanto para Washington, quanto para Moscou.
"Esta situação é diferente da discussão em torno da Crimeia, pois entre a Rússia e a Ucrânia não existia um acordo sobre o assunto; por isso, a restituição do Alasca à Rússia é mais ou menos tão improvável como a restituição da Crimeia à Ucrânia", disse Marks à Sputnik.
"Os russos nos ajudavam com os nossos idiomas: tínhamos tipografia, livros, escolas. Nosso povo pode ler e escrever em russo e em nossas línguas ", explicou Ethan Petticrew.
No entanto, com a chegada dos EUA, o idioma inglês tornou-se obrigatório.
"Os EUA queriam extirpar de nossos corpos tudo o que tínhamos de aborígene e de russo", concluiu.