Opinião: EUA não têm estratégia clara no Oriente Médio, mas continuam enviando tropas

© AFP 2023 / USMCFuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque
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A administração de Trump tem sido mais discreta quanto ao deslocamento de tropas para o Iraque e Síria, mas a estratégia militar não pode compensar uma estratégia política errada, disse à Sputnik Internacional o analista da Universidade Bar-llan de Israel Efraim Inbar.

Na semana passada, a mídia norte-americana comunicou que a administração de Trump parou de fornecer informações detalhadas sobre a quantidade de tropas norte-americanas que estão combatendo no Iraque e na Síria.

Comparando com a administração de Obama, que tinha uma política de anunciar o deslocamento de tropas para a região, a administração de Trump decidiu não revelar a informação sobre o deslocamento até que ele seja realizado.

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Por exemplo, em março as tropas norte-americanas apareceram em fotos tiradas perto da cidade síria de Manbij. Após isso, o Pentágono confirmou que os soldados faziam parte de uma força adicional de 400 efetivos enviada para a Síria, incluindo uma equipe de rangers do Exército e uma unidade de artilharia dos Marines.

Na semana passada, responsáveis militares não identificados comunicaram ao Military Times que cerca de 300 soldados adicionais estão sendo enviados para o Iraque para participar da operação de libertação de Mossul do Daesh.

Responsáveis oficiais do período de Obama, incluindo o antigo porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, criticaram essa alteração de política, mas o Pentágono acrescentou que tenciona "manter a surpresa tática", comunicou ao L.A. Times seu porta-voz.

"Não penso que cada movimento militar deva ser transparente, além disso, há também os segredos militares e não acho que qualquer ator internacional tenha que anunciar onde estão suas tropas e para onde elas se deslocam", comunicou Inbar à Sputnik Internacional.

O analista acredita que o deslocamento das tropas adicionais para o Iraque e Síria não vai ter grande impacto se os EUA não alterarem sua política relativamente ao Oriente Médio. De fato, Inbar não acredita que os EUA devam priorizar a luta contra o Daesh.

"Se for mais do mesmo, acho que não vai ter qualquer impacto. Não estou certo que os norte-americanos possuam uma estratégia clara sobre o que querem no Oriente Médio, no Iraque ou na Síria", disse.

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