Anteriormente, Dijsselbloem recusou de novo participar de um debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre o programa de assistência à Grécia, que está decorrendo de 3 a 9 de abril.
"O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, declinou mais uma vez o nosso convite para participar de um debate em plenário sobre a Grécia", lamentou o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.
Hoje (4), ele dirigiu uma carta a dois eurodeputados espanhóis que o haviam interpelado em 27 de março passado.
"Na entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, sublinhei a importância da solidariedade e reciprocidade no seio da União Europeia. Argumentei que a moldura acordada é crucial para a confiança na zona do euro, tanto no mundo exterior como entre Estados-membros. Para que haja solidariedade entre os Estados-membros, algo que prezo muito, é crucial que todos mostrem comprometimento e responsabilidade", escreve Dijsselbloem na carta datada de hoje e divulgada em Bruxelas citada pelo jornal DN.
Jeroen Dijsselbloem aponta que as suas "palavras foram ligadas à situação em países do Sul da Europa durante os anos da crise" e que "é muito infeliz que esta associação tenha sido feita, porque não foi isso que disse" e "certamente não era o que tencionava dizer", até porque "a crise teve impacto nas sociedades de toda a zona do euro, com grandes custos sociais, e a solidariedade foi plenamente justificada".
"Lamentavelmente, algumas pessoas ficaram ofendidas com a forma como me expressei. A escolha das palavras é, obviamente, pessoal, tal como a forma como as mesmas são citadas. Serei ainda mais cuidadoso no futuro, pois nunca é minha intenção insultar pessoas", cita o jornal DN as palavras de Dijsselbloem.
Jeroen Dijsselbloem termina sua carta afirmando que continua "totalmente comprometido" em prosseguir o trabalho com os membros do Parlamento Europeu e com "todos os cidadãos europeus" para reforçar as economias e a união monetária.