O vice-ministro das Relações Exteriores russo destacou que a maioria da população síria reside em áreas sob o controle do governo, e não da oposição ou de regiões controladas por terroristas. Gatilov enfatizou que é prejudicial insistir que a ajuda só deve ser enviada para áreas que não estão sob o controle de Damasco.
"Somos a favor que questões humanitárias que não sejam utilizadas na agenda política e para fins políticos, porque, infelizmente, esta tendência é vista por alguns de nossos colegas. Não deve haver necessidade de usar os problemas do povo sírio para exercer pressão sobre o governo sírio para determinados fins", disse Gatilov aos jornalistas, acrescentando que a tendência de "alguns dos nossos parceiros [de entender que a] ajuda ser fornecida apenas para áreas bloqueadas e difíceis de alcançar é prejudicial".
"Estamos realizando isso através de agências e organizações humanitárias internacionais, através do sistema das Nações Unidas e, claro, numa base bilateral, quase diariamente", enfatizou Gatilov.
O Comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, anunciou na quarta-feira que a Conferência de Doadores para a Síria em Bruxelas levantou US $ 6 bilhões em ajuda financeira para o país do Oriente Médio para 2017.
O comissário sublinhou que a ajuda humanitária não era uma solução para a crise síria e não uma alternativa ao processo de solução política que decorria sob os auspícios da ONU em Genebra. As negociações entre a Rússia, Turquia e Irã sobre o apoio ao cessar-fogo sírio também são uma importante plataforma para evitar o combate e, portanto, permitir o acesso humanitário, disse Stylianides.
O Ministério da Defesa russo publica boletins diários do Centro para a Reconciliação na Síria russo informando de entregas regulares de ajuda humanitária russa para várias partes da Síria. Os aviões russos também têm ajudado com a distribuição de ajuda da ONU na Síria, particularmente na área de Deir ez-Zor.