“[Trump] está sendo acusado de se voltar contra os seus eleitores por lançar um ataque que, durante anos, disse ser uma ideia terrível”, escreveu a publicação, em referência a declarações feitas no Twitter pelo atual presidente dos Estados Unidos à época da gestão de Barack Obama.
Apoiadores de Trump também o criticam por ter autorizado o ataque sem antes buscar o apoio do Congresso, algo que disse ser um “grande erro” em 2013, também na sua página no Twitter.
“É apenas outra marionete neoconservadora do governo paralelo”, escreveu o editor do site Infowars, Joseph Watson. “Deixo oficialmente o trem de Trump”.
Outro que seguiu a mesma linha de críticas a Trump após o ataque foi Richard Spencer, o ativista que se sobressaiu como o principal nome do movimento “alt-right” – de extrema direita, que apoiou o republicano de maneira feroz durante a corrida presidencial dos EUA. Além de condenar o ataque, Spencer disse que em 2020 apoiaria a deputada democrata Tulsi Gabbard (que já se reuniu com o líder sírio Bashar Assad e condenou o ataque por ser “míope e temerário”).
Horas antes do ataque, o blogueiro Mike Cernovich avisou aos seus seguidores, em um vídeo, que os Estados Unidos iriam atacar a Síria. “Lembre-se quem te apoia, Trump. Temos que pará-lo”.
Já a comentarista conservadora Laura Ingraham usou o Twitter para dizer que o ataque americano contra os sírios serviu para unir três oponentes. “Mísseis voando. [Marco] Rubio está feliz. [John] McCain está eufórico. Hillary [Clinton] pontua. Uma mudança política completa em 48 horas”.
Na madrugada desta sexta-feira, os Estados Unidos lançaram 59 mísseis Tomahawk a partir de navios de guerra atracados no Mar Mediterrâneo contra a base síria de Shayrat, na província síria de Homs.
O ataque matou pelo menos cinco militares e dois civis e seria uma represália ao uso de armas químicas em Khan Shaykhun, atribuído por Washington e seus aliados ocidentais ao regime de Assad – este nega todas as acusações.