Lavrov comentou também que os ataques norte-americanos contra a base aérea de Shayrat fazem lembrar a ofensiva contra o Iraque em 2003, que não teve aprovação das Nações Unidas.
"É reminiscente da situação em 2003, quando os EUA, o Reino Unido e alguns aliados deles invadiram o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança, em violação enorme da lei internacional", disse o ministro, que está agora no Uzbequistão.
Ele sublinhou também que o ataque contra a base de Shayrat, que matou 7 pessoas, de acordo com o governador da província de Homs, "foi um ato de agressão sob pretexto absolutamente falso".
O ministro também adiantou que "pelo visto, não houve vítimas" entre militares russos.
Útil para quem quer derrubar o poder
"Ao se perguntar sobre quem ganha com o que acabou de acontecer, só ganham aqueles que desejam minar o processo de Genebra, o processo de Astana, querendo criar provas que faltam, os pretextos, as razões para uma transferência de regularização política à troca de regime por via militar", disse Sergei Lavrov.
No entanto, o homônimo turco de Sergei Lavrov, Mevlut Cavusoglu, comunicou que a parte turca enviou um pedido de negociações com Lavrov sobre o assunto.
"Nós tivemos uma conversa com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, pedimos negociações com Lavrov. É preciso reforçar a coordenação entre nós, reforçar o trabalho diplomático", disse Cavusoglu, que se encontra em Antália.
Ataque
Na madrugada desta sexta (noite da quinta-feira no Brasil), o presidente dos EUA, Doland Trump, ordenou um ataque com mísseis contra a base aérea de Shayrat, na província síria de Homs, por ter alegadamente servido também como base para um suposto ataque químico. O Pentágono informou que 59 mísseis Tomahawk foram lançados.
O governo da Síria nega possuir armas químicas.