De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira o governo preferiu optar por metas críveis e que aumentem a credibilidade na condução da política fiscal, e que a revisão para R$ 129 bilhões de déficit em grande medida está muito próxima da média de consenso de mercado das estimativas em relação ao resultado fiscal em 2018.
"O ponto aqui é que em 2018, ainda sofreremos um processo de atraso na resposta da receita (arrecadação). As empresas ainda estarão em 2018 acumulando muitos créditos fiscais decorrentes de prejuízos dos anos anteriores. O nível de atividade, embora tenhamos uma recuperação considerável para 2018, ele não impacta imediatamente na arrecadação. Por isso que a arrecadação em 2018 está sendo mantida praticamente estável em relação a arrecadação prevista para 2017."
Em relação as despesas, o ministro do Planejamento informou que os gastos seguem sendo limitados conforme o Teto de Gastos. "Nós optamos também do lado da despesa. Estamos limitando a despesa pelo Teto de Gastos. Do lado da despesa há uma contenção natural, que é resultado da aplicação do Teto do Gasto e do lado da receita nós ainda termos de certa medida os efeitos da recessão se prolongando até 2018."
Na semana passada, o governo já tinha anunciado medidas para aumentar as receitas e o corte de gastos para cobrir o rombo no orçamento para 2017, já por causa da queda na arrecadação. Na ocasião, a equipe econômica anunciou o bloqueio de mais de R$ 42 bilhões em despesas, além da alta de imposto sobre a folha de pagamento de diversos setores.
Os ministros informaram ainda que está mantida a previsão de crescimento de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.