A única maneira de provar que na base síria de Shayrat, contra a qual os EUA realizaram um ataque aéreo, há armas químicas é enviar para lá especialistas, comunicou o representante oficial do Ministério da Defesa russo, general-major Igor Konashenkov.
Na noite de quinta para sexta-feira (7), os EUA efetuaram um ataque de mísseis de cruzeiro, a partir de um navio, contra o aeródromo na província síria de Homs, afirmando sem quaisquer provas que o ataque químico contra a província de Idlib teria tido origem ali. Segundo os dados do Pentágono, foram lançados 59 mísseis.
"A única maneira de obter e apresentar a toda a comunidade internacional provas objetivas da alegada presença de substâncias tóxicas em Shayrat é enviar para lá uma missão de especialistas profissionais", frisou Konshenkov.
Os representantes da mídia que visitaram a base também não encontraram lá quaisquer armas químicas, adiantou o general-major Konaskenkov.
Além disso, segundo disse o general-major, a alegada presença de armas químicas no aeródromo deve ser estudada com equipamentos especiais para a recolha de amostras, seu registro e futura análise científica, como fizeram os especialistas russos em Aleppo após os militantes terem usado armas químicas na zona.
"Qualquer representante da prestigiosa (mesmo para os EUA) Organização para a Proibição das Armas Químicas sabe que os vestígios de substâncias tóxicas militares ou seus precursores são impossíveis de esconder mesmo passados meses e anos após a conservação", argumentou.