Mas será que existe alguém que acredita na informação de Damasco no Ocidente? Paris, logo após ter ouvido sobre o ataque da oposição síria, começou exigindo uma reunião urgente do Conselho da Segurança da ONU, que foi como resultado marcada para o dia 5 de abril. O secretariado da organização internacional expressou inquietação, mas eles ainda não conseguiram verificar a informação e perceber se houve realmente um ataque, comunicou sobre isso o representante do secretário-geral.
Chemical weapons attacks in Syria, and the position of Under Sec. for Arms Control and Int’l Sec. Affairs at State Dept. remains UNFILLED.
— Derek B. Miller (@derekbmiller) 5 de abril de 2017
Pelos vistos eles tentarão perceber durante a reunião. O essencial é que não haja uma situação como aconteceu com a “proveta de Powell”. Vocês se recordam como o secretário de Estado dos EUA sacudia a vasilha que continha alegadamente uma arma biológica produzida no Iraque. Em seguida os EUA, alegadamente para tentar estabelecer aí a ordem, destruíram todo o país. Vejamos se o chefe da chancelaria da França Jean-Marc Ayrault vai sacudir alguma coisa desta vez.
Talvez isso signifique que eles vão começar lutando contra os terroristas e não contra o poder legítimo. Se for assim, a situação deverá melhorar. Mas o secretário de Estado Rex Tillerson já acrescentou que ninguém deve ter ilusões sobre o presidente da Síria, porque só um bárbaro "utiliza armas químicas contra seu próprio povo".
Syria has become a testing field for all sort of arms and chemical weapons for the world powers
— shama munshi (@MunshiOne) 5 de abril de 2017
Não é importante que a ONU ainda não tenha percebido se alguém utilizou esta arma em Idlib – Washington nunca preocupou muito com provas. Por isso, parece que a Casa Branca apenas deixou temporariamente de fora a ideia de resolver a questão de Assad.
O ministro das Relações Exteriores da França prometeu que o seu país, que nunca recuou, não vai recuar agora – mas falta perceber se Washington a apoiará (não na luta contra os terroristas, mas em relação à mudança do regime político na Síria).
Russia breaks with Trump in U.N. veto over Syria chemical arms https://t.co/5DIZWYZ8nz
— Los Angeles Times (@latimes) 28 de fevereiro de 2017
Resta esperar que as palavras de Washington não contrariem os atos (pelo menos naquela parte em que descreve Assad como uma realidade política) e que a França não se disponha a mudar o poder na Síria sozinha.