"Atualmente, estamos examinando o que se deve fazer para enfrentar a situação na qual o inimigo lança um míssil que é capaz de alcançar o território do Japão. Tenho que frisar que a nossa resposta será destinada a prevenir que seja realizado um segundo ou um terceiro ataque. Em outras palavras, não é um ataque preventivo que estamos estudando, mas um contra-ataque", explicou Itsunori Onodera, o ex-ministro da Defesa japonês.
Esta discussão continua sendo travada por outros estadistas e analistas japoneses que insistem em que o país se vê obrigado a reinterpretar a famosa cláusula pacifista da Carta Magna japonesa.
O país do sol nascente goza de uma potente proteção por parte dos EUA, com uns 50 mil soldados americanos instalados no seu território e com os sistemas THAAD implantados na Coreia do Sul. O grupo do ex-ministro da Defesa Onodera propõe também que o THAAD seja instalado no Japão.
Entretanto, alguns analistas insistem em que tais afirmações parecem exageradas, pelo menos, já que Pyongyang, de qualquer maneira, carece das tecnologias necessárias. Algumas fontes avaliam a quantidade do plutônio que a Coreia do Norte poderá ter em 38,5 quilos. O analista David Albright calculou que o país possui material suficiente radioativo para produzir entre 8 e 11 armas nucleares.
Entretanto, Narushige Michishita ressalta a ameaça que outro míssil balístico de médio alcance norte-coreano, o Nodong, representa para o Japão.
"Seu alcance é de 1.300 km. Uma vez lançado, poderá alcançar o território do Japão em uns 10 minutos. Ou seja, estamos no seu alcance", advertiu o professor.