Hyten justificou desta maneira o futuro contrato por 48.500 milhões de dólares para a criação de 400 mísseis intercontinentais, bem como a modernização do arsenal nuclear dos EUA, num momento em que recordou à mídia americana como era o mundo antes do uso dos bombardeios nucleares contra Hiroshima e Nagasaki.
"Durante a Segunda Guerra Mundial, faleceram entre 50 e 80 milhões de pessoas. Isso é, aproximadamente 33 mil pessoas por dia, ou um milhão de pessoas por mês", explicou o general, citado pela página web do Departamento de Defesa dos EUA.
Por sua parte, em uma entrevista à Scout Warrior, o chefe adjunto do pessoal do gabinete de Dissuasão Estratégica e Integração Nuclear, tenente-general Jack Weinstein, se referiu ao mesmo fato e citou o estrategista militar Bernard Brodie, que cunhou a frase "até agora, o principal objetivo do nosso aparelho militar tem sido ganhar guerras. A partir deste momento, seu fim principal deve ser evitá-las" no seu livro datado de 1940 "A arma absoluta: o poder atômico e a ordem mundial".
O êxito no momento de alcançar este objetivo depende da certeza de se poder destruir completamente um inimigo hipotético no caso de usar armas nucleares, explicou o militar.
"É muito perigoso se qualquer país pensar que pode ter uma vantagem graças a suas armas nucleares. Por isso precisamos ter uma força de contenção nuclear. Assim, qualquer desejo de um inimigo de lançar uma guerra com mísseis nucleares será facilmente confrontado com uma possível resposta que receberá da nossa parte", explicou Weinsten.
"Este é exatamente o potencial de contenção do qual precisamos", ressaltou.
Neste sentido, a ideia de que os arsenais russos e chineses são agora mais modernos que o arsenal norte-americano poderia levar os possíveis adversários de Washington a pensarem que podem ter êxito na hora de realizar um ataque nuclear. Os EUA, por sua vez, querem evitar estas ideias a todo o custo, realçou o responsável militar.