"Trump e sua guarda pretoriana bipartidária, que segue o princípio ‘primeiro atacar, depois fazer perguntas’, fomentam a escalação catastrófica da tensão na região e criam a ameaça de uma guerra nuclear", se lê na declaração da organização.
"Nem Trump, nem qualquer outra agência governamental dos EUA apresentaram provas de que o governo do presidente sírio Bashar Assad usou o gás paralisante sarin durante o ataque contra posições do Daesh, da Al-Qaeda (grupos terroristas proibidos na Rússia e muitos outros países) e de outros grupos rebeldes na província de Idlib", diz UNAC.
A UNAC receia que as ações recentes dos EUA sejam o início de uma nova "guerra imperialista" na Síria e na região.
Além disso, a organização criticou a interpretação do bombardeio efetuada pela mídia norte-americana.
"A mídia corporativa toca em uníssono os tambores da guerra, aplaude o bombardeio, não tendo a menor vontade, (nem sequer exigindo) de investigar os fatos, de maneira a explicar o seu apoio automático às ações monstruosas de Trump", escrevem os ativistas.
De acordo com eles, primeiro a mídia publica "as imagens trágicas de crianças feridas ou em sofrimento, acompanhando-as com alegações infundadas de que o responsável foi o governo sírio".
Na madrugada desta sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um ataque de mísseis contra uma base aérea na Síria, a partir da qual, supostamente, teria sido realizado um ataque químico. Segundo o Pentágono, o alvo era a base aérea de Shayrat, na província de Homs. A Secretaria da Defesa dos EUA anunciou o lançamento de 59 mísseis. Pelo menos sete pessoas morreram durante o ataque: cinco militares e dois civis, segundo informação do gabinete do governador de Homs.