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Especialistas comentam opinião dos brasileiros sobre Donald Trump

© Shealah Craighead / Casa Branca / Fotos PúblicasPresidente dos EUA Donald Trump com o assessor de segurança nacional H. R. McMaster
Presidente dos EUA Donald Trump com o assessor de segurança nacional H. R. McMaster - Sputnik Brasil
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Analistas de Relações Internacionais, Estratégia e Geopolítica comentam a performance brasileira em pesquisa sobre a segurança mundial em relação ao poder de Donald Trump na Presidência dos EUA.

Pesquisa mundial realizada pelo projeto Sputnik-Opinião através da empresa TNS Global para a Agência de Notícias e Rádio Sputnik revelou que uma grande parte dos cidadãos de vários países considera que, após a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, o mundo está menos seguro.

A pesquisa oferecia a seguinte pergunta: "Após a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, você considera que o mundo está mais ou menos seguro?" E as alternativas: "Tudo continua como estava antes" e "Não sei responder".

Nesta imagem fornecida pela Marinha dos Estados Unidos, o destrutor de mísseis guiados USS Porter (DDG 78) lança um míssil de ataque de terra tomahawk no Mar Mediterrâneo, sexta-feira, 7 de abril de 2017. - Sputnik Brasil
Maioria dos brasileiros acredita que, com presidente Trump, mundo se tornou menos seguro

O Brasil foi um dos países incluídos na pesquisa Sputnik-Opinião. Por aqui, 60% dos entrevistados disseram que o mundo está menos seguro com Donald Trump na Presidência dos EUA. A mesma opinião foi registrada na Alemanha (72%), França (64%), Reino Unido (55%), Turquia (52%), Itália (49%) e nos Estados Unidos (45%).

"Se eu tivesse sido consultado por essa pesquisa, iria – muito provavelmente por ser professor universitário – descer à terceira resposta que é 'o mesmo de antes'", comenta Creomar de Souza, professor de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. "Mas isso basicamente porque, quando nós nos acostumamos ao trato cotidiano dessas questões internacionais, ficamos muito receosos de respostas assertivas. Porém, comentando a pesquisa e os resultados dela, nós podemos ir a uma fonte explicativa do fato de que 60% dos brasileiros perguntados acham que o mundo está menos seguro. Isso está diretamente vinculado ao fato de que, de maneira fundamental, o discurso e a postura de Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos – e de toda a forma como ele construiu seu discurso eleitoral – são muito ancorados em uma ideia de constrangimento do outro, de bullying. Isso aumenta a percepção de insegurança àqueles que estão mais desavisados e torna os indivíduos mais reféns de perspectivas que estão situadas no mesmo [patamar anterior]."

Já Antônio Gelis, professor de Estratégia Internacional e Geopolítica da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, considera que o fenômeno Donald Trump exige análise minuciosa:

"Eu tenho a impressão de que as pessoas não conseguem entender bem o processo de base, o que é natural porque a maior parte delas não acompanha de perto o desenvolvimento [dos fatos]", afirma o Professor Gelis. "Elas percebem a história do Donald Trump como algo inesperado, algo até inexplicável, que não combina com aquilo que se entendia como deveria ser a política internacional. Na minha opinião, as pessoas acabam tomando o sintoma, que é a eleição do Trump, como a doença, que é a modificação da estrutura geopolítica global."

Na opinião de Antônio Gelis, Trump incorpora uma certa sensação de segurança:

"Para ser sincero, eu acho que o mundo está – e é estranho [dizer isso] dado o que aconteceu recentemente – um pouquinho mais seguro. Eu diria que é muito pequena a diferença que Trump faz em relação a Hillary Clinton, mas a [diferença] que existe, por incrível que pareça nesse momento, eu considero positiva."

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Sputnik-Opinião é um projeto internacional de estudos da opinião pública, colocado em prática a partir de janeiro de 2015. As empresas Populus, Forsa e IFop são parceiras do projeto. No quadro da Sputnik-Opinião são realizadas regularmente pesquisas nos Estados Unidos e em vários países da Europa. As abordagens avançam sobre temas sociais e políticos da maior atualidade.

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