"Eles sempre os trataram com indulgência. Temos persistentes suspeitas, que até o momento ninguém conseguiu dissipar, de que estão protegendo a Frente al-Nusra para, em algum momento, recorrer ao plano B e tentar derrubar pela força o regime de Bashar Assad", disse o ministro, depois de se reunir em Moscou com secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson.
Lavrov disse que a coalizão internacional liderada pelos EUA "nunca se ocupou de verdade do objetivo para o qual foi criada".
"Não combateu o Daesh nem a Frente al-Nusra de maneira eficaz, intensa e persistente, até o aparecimento das forças aéreas russas na região", afirmou o chanceler.
Desde março de 2011, Síria vive um conflito armado em que as tropas do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Os EUA, que lideram desde 2014 a coalizão antiterrorista internacional, atacaram as posições dos terroristas na Síria, embora sem o consentimento formal de Damasco.
Em 30 de setembro de 2015, Moscou, atendendo uma solicitação de Damasco, iniciou ataques aéreos na Síria para impedir a propagação de grupos terroristas.
De acordo com os dados da ONU, entre 300 e 400 mil pessoas já perderam suas vidas no conflito.