De acordo com a sua própria versão, O'Neill caminhava alguns passos atrás de seus companheiros do SEALs (acrônimo das palavras mar (sea), ar (air) e terra (land), onde este grupo é capaz de operar), procurando a casa de três andares onde morava bin Laden em Abottabad (Paquistão).
"Em menos de um segundo, apontei sobre o ombro direito de uma mulher e puxei o gatilho duas vezes. A cabeça de bin Laden se abriu e ele caiu no chão. Eu atirei-lhe outra bala na cabeça, para estar seguro", escreve O'Neill em seu livro, citado pelo jornal New York Daily News.
Pouco depois, o governo dos EUA anunciou triunfalmente o sucesso da chamada Operação "Gerônimo". No entanto, nunca foram divulgadas fotografias reais do corpo de bin Laden.
"Sob as Leis da Guerra Terrestre, um soldado tem todo o direito de fazer alguns tiros em seu alvo, depois de este ter caído. Sempre que o inimigo não se rende, é moral, legal e ético atirar contra o corpo algumas vezes para se certificar de que está realmente morto e não representa mais uma ameaça. Mas o que aconteceu no ataque a bin Laden foi excessivo", escreve Murphy.
"A imagem provavelmente causaria um escândalo internacional, investigações poderiam descobrir outras operações e atividades, e muitos fariam qualquer coisa para as manter escondidas", conclui o especialista.