Por que isso aconteceu? Segundo cientistas, a razão seria que, ao contrário da Terra e Júpiter, Marte não possui seu próprio campo magnético ou que ele desapareceu nas primeiras centenas de milhões de anos da sua vida. Assim, as parcelas de vento solar literalmente "consumiram" e tiraram 99% das reservas de ar do planeta.
Segundo o professor do Centro de Voos Espaciais de Goddard (Goddard Space Flight Center, GSFC, sigla em inglês), Joseph Grebowsky, no início a equipe estava considerando que a cauda do cometa Siding Spring teria abastecido o planeta com os materiais em questão, pois Marte mergulhou nele em outubro de 2014.
#MAVEN has made 1st detection of a permanent presence of metal ions in the ionosphere of a planet other than Earth: https://t.co/5WUnNBH9es. pic.twitter.com/T2EJGno8Ax
— NASA's MAVEN Mission (@MAVEN2Mars) 10 de abril de 2017
Depois da análise dos dados recebidos pela MAVEN, a equipe científica da NASA chegou à conclusão de que micrometeoritos marcianos, que caiem com frequência na atmosfera do planeta e se oxidam se posteriormente, são as fontes de metais na atmosfera do Planeta Vermelho. Pois algumas parcelas de metais permanecem em sua ionosfera há um período bastante longo.
Os cientistas da NASA supõem que processos semelhantes devam ocorrer nas atmosferas de outros planetas do sistema Solar. E, segundo eles, é necessário levar em consideração este fator no momento da construção dos aparelhos espaciais, pois camadas metálicas semelhantes podem dificultar o estabelecimento de conexão com a Terra, bem como a instalação de sondas na órbita dos mesmos.