O uso de caças de quarta geração nas zonas de ação dos sistemas de defesa antiaérea russos se tem mostrado "economicamente inviável", mesmo os aviões de guerra promissores não têm uma proteção garantida contra os novíssimos sistemas de mísseis antiaéreos S-400 e S-500, considera Dave Majumdar, colunista da revista The National Interest.
O artigo refere que os sistemas de defesa antiaérea russos possuem há muito tempo equipamento para detectar caças furtivos, no entanto a representação de objetos pouco visíveis no radar não garante que os sistemas de defesa antiaérea os possam destruir. Os sistemas de pontaria mais eficientes ajudarão a resolver o problema e talvez consigam reduzir a zero as vantagens dos aviões de guerra mais recentes da Força Aérea dos EUA.
"Com o tempo a tecnologia stealth perderá suas vantagens, mas é duvidoso que fique mais barata. Moscou resolverá sem dúvidas o problema da eliminação de alvos pouco visíveis, mas a concorrência entre as armas de defesa e as de ataque continuará", resume Majumdar.
O diretor-geral da empresa de tecnologias aéreas Avintel, Viktor Pryadka, sublinhou em entrevista ao Serviço Russo da Rádio Sputnik que o desenvolvimento dos caças furtivos norte-americanos não consegue acompanhar o ritmo de desenvolvimento da defesa antiaérea russa.
"Enquanto decorre o desenvolvimento dos stealth F-22 e F-35 (precedidos pelo F-117, que foi abatido na Iugoslávia por um sistema antiaéreo dos anos 50), os sistemas de defesa antiaérea russos se estão desenvolvendo a ritmos mais elevados. Por esta razão, quando um avião começa a ser produzido em série para ele já existe um “antídoto” evidente, o que permite abatê-lo sem qualquer problema. Originalmente se planejava equipar os caças stealth com tecnologias de voo supersônico em velocidade de cruzeiro. Vale destacar que a configuração da aeronave permitiria “dispersar” as ondas de radar, enquanto a zona efetiva de dispersão seria tão pequena que o avião poderia ser tomado por uma ave grande. No entanto, tendo em conta que as tecnologias de defesa antiaérea estão sendo desenvolvidas rapidamente, o conceito fracassou. Para além disso, o custo de produção dos stealth supera de modo significativo o custo dos mísseis que os abatem", disse Viktor Pryadka em entrevista à Rádio Sputnik.
Especialista lembrou que o F-35 já foi chamado de "catástrofe nacional".
"O programa para criação deste último ‘está coxeando’ por estar demorando muito. A concepção do uso de aviões de combate e o próprio programa já se tornaram obsoletos e precisam ser alterados. Aqui temos uma questão: por que não lançar um novo programa tomando em consideração os meios de defesa antiaérea e tecnologias modernos", frisou o especialista.