Tendo o Brasil como um dos líderes do esforço de paz, a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) chegará oficialmente ao fim no dia 15 de outubro deste ano.
A decisão do conselho vai ao encontro da política dos Estados Unidos em cortar contribuições financeiras a missões de paz da ONU.
Os 2.370 soldados de várias nacionalidades que hoje estão no Haiti serão gradualmente retirados do país pelos próximos seis meses.
A Minustah será substituída no Haiti pela chamada Missão de Suporte por Justiça das Nações Unidas, que terá sete unidades com 980 policiais, somados a outros 295 agentes de segurança individuais. Esta nova missão, por sua vez, vigorará por cerca de dois anos, até que o Haiti forme a sua própria polícia.
Iniciada em 2004, a Minustah veio em suporte ao país caribenho após a saída do então presidente Jean-Bertrand Aristide, que deixou a nação envolta em violência e desordem. Além disso, a missão ajudou o combate a um surto de cólera que atingiu o Haiti em 2010, no qual mais de 9 mil haitianos morreram.
Embora não seja uma das missões mais caras da ONU (com orçamento de US$ 346 milhões), a saída da Minustah do Haiti indica também que a organização buscará esforços em torno de missões menores.
Neste ano, a missão na República Democrática do Congo foi reduzida, enquanto missões na Libéria e na Costa do Marfim também serão desmobilizadas. O mesmo deve ocorrer com a operação de paz na região de Darfur, no Sudão.