"A Crimeia se tornou uma parte da Ucrânia apenas no ano de 1954 por decisão unilateral de Nikita Khruschev sem quaisquer consultas à população afetada. Entretanto, dois terços da população afirmam serem russos. Por isso, quanto lhes foi perguntada sua opinião, era bem natural que eles expressassem sua vontade de aderir à Rússia", disse Le Pen em uma entrevista à edição polonesa Rzeczpospolita.
"No século passado, a Europa sofreu demais por causa das disputas fronteiriças para voltar a encorajar os povos a lutarem uns contra os outros por causa de seus assuntos internos. Por isso, quando surge um problema fronteiriço, devemos nos perguntar quem é que está interessado", adiantou.
A Crimeia voltou a ser uma região da Rússia após um referendo realizado em março de 2014, no decorrer do qual 96,77% dos eleitores crimeanos e 95,6% dos residentes de Sevastopol se manifestaram a favor da adesão à Federação da Rússia.
As autoridades russas, por sua vez, afirmaram repetidamente que os residentes da Crimeia votaram pela reunificação com a Rússia por via democrática e em plena conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU. De acordo com o presidente russo Vladimir Putin, a questão da Crimeia está "encerrada de uma vez por todas".