Os EUA lançaram pela primeira vez uma bomba convencional superpotente GBU-43 no Afeganistão contra os combatentes do Daesh (organização proibida na Rússia e em outros países), informa o serviço de imprensa do Pentágono.
A carga explosiva com o peso de 9,5 toneladas foi lançada de um avião MC-130. O presidente dos EUA Donald Trump chamou este ataque de "missão muito bem-sucedida" das forças armadas americanas.
Entretanto, o ex-funcionário da inteligência americana Edward Snowden declarou na sua página no Twitter que o ataque dos EUA afetou um complexo fortificado de cavernas que foi construído para os mujahidims afegãos com o financiamento parcial da CIA.
O especialista russo Mikhail Khodarenok falou mais detalhadamente sobre a bomba GBU-43 no ar do serviço russo da rádio Sputnik.
"É uma bomba incendiária de aviação norte-americana. Ela foi criada mais de 10 anos atrás. É a única bomba com orientação via satélite. Normalmente é lançada de um avião de transporte militar С-130 por causa do seu tamanho: ela tem mais de nove metros de comprimento. O peso dela é de 9,5 toneladas, das quais mais de oito são RDX, TNT e pó de alumínio", contou Mikhail Khodorenok.
O especialista militar não pensa que GBU-43 possa ser chamada a mais potente das bombas convencionais alguma vez lançadas.
"Dizer que esta bomba é a mais potente e que não tem análogos não será, provavelmente, correto. Agora no Afeganistão, este foi seu primeiro e único caso de lançamento em combate. Mas, na altura [da guerra do Afeganistão], a aviação militar russa lançou a partir de bombardeiros TU-16, durante apenas três meses de 1988, 289 bombas FAB-9000 М-54. São bombas de 9 toneladas. Claro que os americanos são mestres da propaganda, mas eles têm que estudar a história da aviação militar", diz Mikhail Khodarenok.