O diretor do Programa de Segurança e Sustentabilidade Ambiental da Cruz Verde Internacional, Paul Walker, disse à Sputnik que o lançamento da bomba trata-se de demonstração de poderio militar norte-americano para os inimigos.
"Há vários precursores envolvendo esta bomba, que foi considerada a ser usada no Vietnã décadas atrás, mas esta tem uma carga explosiva 10 a 20 vezes superior às outras bombas aéreas comuns. O uso desta bomba única pela administração de Trump ilustra uma posição muito mais muscular e agressiva em relação a crises do que a da administração antecessora, sendo sem dúvida um tiro de aviso para os adversários, tanto para nações como para terroristas", disse Walker na quinta-feira.
Richard Weitz, pesquisador sênior e diretor do Centro de Análises Político-Militares do Instituto Hudson, expressou uma opinião similar, afirmando, em entrevista à Sputnik, que a bomba foi usada para exibir as potencialidades dos EUA para o Daesh assim como para Pyongyang.
"Trump frisou que ele quer que os militares usem quaisquer armas, que sejam necessárias, para acabar com o ISIS [Daesh], por isso este ataque pode ter sido uma maneira de pôr ênfase nesta ideia. No entanto, algumas pessoas consideram que o lançamento da bomba poderia (eles não o afirmaram) ter tido como objetivo enviar uma mensagem à Coreia do Norte dizendo que sua artilharia subterrânea e baterias de mísseis poderiam ser destruídos rapidamente em batalha antes mesmo de destruir Seul", disse Weitz em entrevista à Sputnik.
Trump também disse que esperava que China fizesse Pyongyang cumprir os acordos nucleares internacionais, mas o líder norte-americano também prometeu encontrar uma solução quanto ao assunto da Coreia do Norte caso a China não o faça.
A bomba MOAB foi posta em serviço do exército dos EUA em 2003, sendo usada pela primeira vez nesta quinta-feira. O custo de fabricação de uma MOAB equivale a US$ 16 milhões (R$ 50 milhões).