De acordo com Khrustalev, a segunda novidade marcante é o míssil balístico, que de longe parece um Scud, um míssil balístico móvel de origem soviética de curto alcance, mas modernizado.
"Porém, nas fotos publicadas se pode observar que na parte da ogiva estão instaladas umas superfícies aerodinâmicas. Não se sabe se eles são guiados. Caso sim, então a ogiva será capaz de corrigir sua trajetória de queda na fase de descida. Em qualquer caso, eles, evidentemente, estão se debruçando tanto sobre o aumento da precisão como sobre a capacidade de superar os sistemas antiaéreos", observou Khrustalev.
Segundo realçou, é preciso prestar atenção ao fato de o próprio lançador ser montado em um chassi de lagartas. Bem como a instalação de lançamento do míssil Pukguksong-2, que também está montada em lagartas.
"Um dos motivos por essa preferência pelas lagartas, além das suas caraterísticas práticas, é o fato da Coreia do Norte ser capaz de produzir por si própria diversos equipamentos sobre lagartas, inclusive sofisticados. E a dependência das importações neste respeito é mínima. Por isso, é possível aumentar o parque de lançadores mesmo em condições de embargo de qualquer espécie", afirmou Khrustalev.
"Claro que as duas sensações principais são os dois últimos modelos de mísseis balísticos. O primeiro é uma espécie de contêiner de transporte e lançamento instalado em semirreboque de um caminhão, de forma análoga às primeiras modificações dos mísseis chineses DF-21 e DF-31. O segundo é um contêiner de transporte e lançamento montado completamente em um potente caminhão de muitos eixos com elevada capacidade de movimentação. Pelos vistos, os mesmos modelos que transportavam os mísseis KN-08 e KN-14. Pelo aspecto visual, isto se parece com as soluções dos ‘clássicos' mísseis soviéticos SS-25 móveis e das modernas modificações chinesas DF-31 e DF-41", explicou.
Tudo isso indica que a Coreia do Norte estará realizando vários projetos paralelos de mísseis ao mesmo tempo, sendo que estes devem ser capazes de atingir Guam, Havaí ou o território continental dos EUA. E Pyongyang, com efeito, tem boas chances de que estes programas sejam bem-sucedidos, resumiu.