No aeroporto de Nova York, um oficial do serviço de segurança ameaçou algemá-la, pois a caneta usada por ela "poderia se transformar em uma arma", além disso, seu laptop e outros aparelhos eletrônicos foram confiscados por 41 horas.
Laura Poitras é autora de vários documentários, inclusive o Citizenfour, filme sobre Edward Snowden, que está nos cinemas desde 2014 e, até agora, conquista as bilheterias. Vale ressaltar que documentário sobre Snowden recebeu Oscar. Um novo filme da cineasta, Risk, fala sobre o fundador do portal de revelações WikiLeaks, Julian Assange.
Segundo informa a agência, membros da Guarda Nacional norte-americana foram atacados por combatentes em Bagdá. Eles relataram que antes do ataque viram "uma mulher branca" com câmera no telhado de um edifício. O ataque resultou na morte do soldado de 22 anos, David Rustum, e deixou feridos.
Alguns membros do destacamento norte-americano sugeriram que Poitras soubesse do ataque com antecedência, mas ela não comunicou aos soldados, pois queria filmá-lo. Caso a informação possua provas, Poitras será sujeita a julgamento por violar o Código criminal dos EUA.
Por sua vez, Laura Poitras se referiu a essas suposições como falsas e afirmou não "haver gravação alguma do ataque. Essa história foi criada por eles, não corresponde aos fatos", declarou a cineasta à Associated Press.
Não obstante, destaca-se que Laura Poitras na verdade estava no Iraque nesse tempo: "Estava vivendo na casa de uma família iraquiana e tentava gravar a batalha do ponto de vista da família. Não saí para rua naquele dia", a agência cita sua carta endereçada a John Breuning, autor de um livro sobre serviço militar no Iraque.
No fim de março, a Justiça Federal em Washington determinou que o FBI não possui razões suficientes para esconder informações sobre o caso da cineasta. No entanto, Laura Poitras não sabe se as ações contra ela foram interrompidas ou continuarão.