O assessor do presidente dos EUA em questões de segurança nacional, tenente-coronel Herbert McMaster, declarou, em entrevista ao canal ABC, que a Rússia age subversivamente com a Europa. Ao mesmo tempo, ele não apontou qual tipo de ação seria.
Também McMaster acusou Moscou de apoiar o presidente da Síria, Bashar Assad, atribuindo à capital russa a responsabilidade pelo contínuo do conflito no país. Segundo as palavras do general, este conflito no final foi estendido ao Iraque e as consequências dele são sentidas pelos países vizinhos, bem como pela Europa.
Ao mesmo tempo, McMaster frisou a esperança de procurar as áreas de colaboração bilateral mutualmente vantajosa e o melhoramento gradual das relações entre Rússia e EUA.
Representantes do governo dos países ocidentais acusaram reiteradamente a Rússia de "intervir" nos processos políticos de outros países. Já a Rússia não aceitou as acusações em questão, apontando-as como infundadas.
Segundo o presidente do centro de comunicações estratégicas e cientista político, Dmitry Abzalov, estas acusações são uma tentativa de destruir o avanço das relações entre a Rússia e o Ocidente.
"O próprio McMaster não sabe o que é ['ação subversiva da Rússia']. A declaração dele, em primeiro lugar, serve para enfraquecer a estabilidade das relações [entre Rússia e Ocidente]. Eu entendo assim, McMaster inventa que em uma companhia pré-eleitoral, por exemplo, na Alemanha e na França, há participação da Rússia, bem como no Brexit e outras reclamações pequenas a respeito de Montenegro e Itália. No final das contas, não passa de uma tentativa de destruir o avanço das relações. Além disso, é uma tentativa de resolver seus problemas internos. Por enquanto, serão problemas e 'ruptura' nas elites da direção americana e no setor britânico. Já Moscou será usada como ameaça externa", diz Dmitry Abzalov ao serviço russo da radio Sputnik.
Ele também comentou as palavras do assessor do presidente americano sobre o "diálogo duro com a Rússia".
"McMaster pode falar duro só com o seu espelho. Neste caso, o diálogo duro com a Rússia será bastante problemático. Em primeiro lugar, sem diálogo consultado será complicado chegar ao acordo sobre a Síria, Coreia do Norte ou sobre União Europeia. Sem Moscou será complicado. Por isso é visto que McMaster simplesmente tenta "aumentar as paradas" e fortalecer as posições de comunicação. Mas deve lembrar que sobre a "posição dura" já falou antes [o presidente dos EUA Donald] Trump, depois Tillerson, mas, como é sabido, as posições foram mais leves. Por isso eu não penso que McMaster possa oferecer uma coisa mais substancial", notou o cientista político.