A América Latina está aumentando as compras de equipamentos militares de diferente natureza, observou Carlos Hernández em uma entrevista à Sputnik Mundo, adiantando que este fenômeno se observa em todos os países, tanto nos grandes como nos pequenos.
"Até nas nações menores há um aumento do investimento militar. Cuba, por exemplo, uma nação muito reservada em seus gastos militares, celebrou ultimamente acordos com a Rússia e a China. Com o Vietnã o país tem projetos para o biênio 2017-2019", assegurou Hernández, que também é coordenador para a região latino-americana do portal espanhol especializado Infodefensa.com.
Hernández assinalou também os "grandes investimentos" na defesa da Argentina, do Uruguai e do Brasil, os projetos navais do Peru e da Colômbia, bem como os projetos da Força Aérea, Armada e Exército chilenos.
"O Brasil, com todas suas dificuldades políticas e econômicas que está atravessando, continua com grandes programas como o da construção do seu primeiro submarino nuclear. A Venezuela, outro país com desafios sérios, estabeleceu contato com o vice-ministro chinês da Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Industria para a Defesa Nacional e representantes da área de armamentos, eletrônica, Força Aérea e Naval", indicou.
Hernández considerou que a Venezuela e o Brasil sejam os países melhor equipados na região, e que a Argentina os segue de perto, destacando também os programas navais e aéreos uruguaios.
"Não se pode deixar de lado o fato do presidente da Guiana [David Granger] ser um brigadeiro-general aposentado que esteve à frente das forças de defesa. Este senhor elaborou um plano de defesa nacional bastante amplo", assinalou.
No que se trata da esfera naval, aqui é o Brasil quem toma a liderança. "Os brasileiros estão aumentando sua capacidade com novos submarinos, inclusive um nuclear, e novas construções de navios de patrulhamento oceânico. Além disso, estão fortalecendo sua aviação naval", ressaltou.